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[obm-l] PARADOXO DO DILEMA DOS PRISIONEIROS



Turma! o Dilema dos Prisioneiros é um jogo de soma não-zero. Assim, a meta de
cada jogador é o seu próprio ganho absoluto, independentemente do ganho ou
perda do outro. Logo, a cooperação não só fica excluída, mas pode constituir
até a estratégia ótima. O resultado não é teórico, de modo nenhum. Talvez
constitua a mais elegante representação abstrata de um problema que surge
repetidamente na psicoterapia conjugal. O paradoxo se torna evidente quando uma
solução torna-se absurda assim que A se apercebe de que essa solução é apenas
um mal menor mas, apesar de tudo, um mal, e que B não pode deixar de apreciar a
questão nesses mesmos termos, isto é, como um mal. B, portanto, deve ter tão
poucos motivos quanto A para querer esse resultado, uma conclusão que é
certamente acessível à capacidade de previsão de A. Uma vez que A e B tenham
chegado a essa conclusão, então tal solução deixa de ser a mais razoável, sendo
substituída pela decisão cooperativa. Por mais voltas que lhe dêem, assim que é
deduzida a decisão "mais razoável" sempre surge uma outra decisão "ainda mais
razoável". Logo, o dilema é idêntico ao paradoxo do exame, para quem o exame só
é previsível quando é imprevisível.

Um poaradoxo é uma contradição lógica que resulta de deduções coerentes de
premissas corretas. Existem três tipos de paradoxo: lógico-matemático,
semântico e pragmático através das injunções paradoxais (dupla vinculação) e as
previsões paradoxais.



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